COM Waly Salomão, Jards Macalé, Aretha Sadick, Grupo Ultra, Kabila Aruanda, Lina Bo Bardi, Oscar Niemeyer
POR Cláudio Bueno
nada que se aproxima nada me é estranho
fulano sicrano e beltrano
seja pedra seja planta seja bicho seja humano
cruzo o tempo cruzo o espaço estilhaço
futuro, presente e passado
moderno barroco a vida é um sopro
reviro balanço reviro na palma da mão o dado
enceno luta vejo guerra e não me devasto
quero crer no que vem por aí beco escuro
me iludo passado presente futuro urro
invisível quero ficar na minha
sem regra sem gente sozinha
alegórica monstra independente e contraditória
alone contudo, convivo contigo
concreto como um ser vivo
falo falo falo falo
prazer oral verbal tudo sentir total
é chave de ouro do meu jogo
é fósforo que acende o fogo de minha mais alta razão
paixão monumental vertigem abismal
pulo corro pulo de novo e escorrego, sigo vivo
Sobrevivo e canto em cantos de apoio
o desejo geral, aditivado e original.
A principal referência para este Poema Monstro é Waly Salomão e Jards Macalé, em
Olho de Lince: https://www.youtube.com/watch?v=BMDzawLEW9Y
VOZES DAS PALAVRAS, BORDAS DAS IMAGENS
A artista Daniella Mattos apresenta uma leitura cruzada, em voz alta e microfonada, de trechos de textos escritos por mulheres tais como Anais Nin, Virginia Woolf, Clarice Lispector, Hilda Hilst, Stela do Patrocínio, Carolina Maria de Jesus, entre outras. A leitura também se articula com uma projeção de imagens derivadas dos textos lidos. Essas imagens são de autoria da artista ou procedentes de pesquisas e apropriações capturadas via redes sociais e internet.
DANÇARQUITETURA
POR Jerônimo Bittencourt e Danielli Mendes COM O grupo inteiro.
É possível afinar o desejo do corpo com o desejo do espaço? A partir dessa pergunta, a prática investiga a consciência corporal na relação com a arquitetura. Desse modo, convida os participantes a dançarem com o espaço.