O registro durou um dia e teve como espaço de estudo o entorno do Sesc Ipiranga. O objetivo era de capturar o espaço gravando suas vibrações sonoras e, através disso, suas especificidades. A ideia era de promover ao ouvinte / espectador abstrações que poderiam criar um imaginário de plasticidade e materialidade dos espaços construídos pela combinação de sons e imagens.
O foco foi dado aos arredores do Sesc como uma maneira de capturar o máximo de suas particularidades. O resultado capturado aponta não só para um Sesc particular mas também um múltiplo, uma vez que as gravações tem singularidades e podem ser interpretadas de muitas maneiras. Isso é o que queriamos revelar.
Este projeto faz parte de um intercâmbio com ex-alunos da Universidade Central Saint Martins, que também fizeram suas leituras relacionando espaço e som em Londres, cidade na qual se localiza a CSM. A ideia por trás dessas ações é refletir sobre a maneira com a qual lidamos com os elementos urbanos e como muitos nos passam desapercebidos, porém têm grande influência em nossas percepções de cidade. Além de funcionar como uma arqueologia das camadas de atividades que operam em uma determinada região. Trazê-los à tona significa, portanto, restabelecer a conexão entre esta possibilidade de percepção e as pessoas. No caso deste, usuários e frequentadores do Sesc Ipiranga e seus arredores.
Gabriella Gonçalles e Marian Rosa
Estudantes de arquitetura na Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.