"Trabalhos Involuntários" no Sesc Ipiranga POR Elizabeth Wright

Proposta inicial

Ao longo do tempo, será que edifícios assumem as características de seus ocupantes, como seus usuários deixando vestígios de si? Ou será que os habitantes coletivamente representam o edifício? Como poderíamos registrar as impressões e marcas que se materializaram de 1954 a 2016 no tecido do espaço do Sesc Ipiranga? A expressão “Trabalhos Involuntários” foi utilizada pela primeira vez pelo fotógrafo franco-húngaro Brassaï para se referir ao uso e manipulação de objetos cotidianos, como bilhetes de ônibus e pãezinhos, fotografados em extremo close, e assim tornando-se esculturas fotográficas ‘involuntárias’ (conforme publicado na revista Minotaure)1.

Como podemos encontrar exemplos onde os tecidos e espaços do edifício tenham sido esculpidos por meio de ações cotidianas, permitindo que seus usuários se engajem em um intercâmbio escultural “involuntário”? As formas de registrar e reagir a Trabalhos Involuntários – Sesc Ipiranga serão tópicos de nossa discussão e oficina. Tanto as esculturas como esse processo serão exibidos e divulgados também por meio de um website.

 

Elizabeth Wright, Artista e professora universitária, líder da área de 3D do Curso de Graduação em Artes Plásticas da Central Saint Martins.

 

1. As fotografias das Esculturas Involuntárias de Brassaï foram publicadas nas edições 3-4 da Minotaure, uma revista voltada ao surrealismo publicada entre 1933 e 1939.

Clique aqui para acessar os desdobramentos dos diálogos entre Elizabeth Wright (Central Saint Martins), O Grupo Inteiro, Zebra 5, Museu Paulista - USP e Sesc Ipiranga.

 

Contracartografia POR Anthony Davies [EN]

Project Proposal

This contribution to Campos de Preposições will extend research into experimental and left libertarian education already underway at Central Saint Martins and drawing on staff and student initiatives from the 1960’s and 1970’s. In the aftermath of the global financial crisis of 2008-2009 and in direct response to the threat posed to many archives associated with social history, staff and students began the process of recovering CSM’s past as a means to engage and inform the present. From little known student-led initiatives challenging the role of the artist in local communities (The Bell Lane School Project, 1973) right through to attempts to redefine the University in terms of communitarian and socialist principles (RCA Redefined, 1971) – the aim has been to restore a sense of the continuity of struggle, challenging institutional orthodoxy etc.

A key question has been the extent to which a cross generational dialogue and transfer of knowledge can be encouraged which doesn’t privilege one generational set of experiences over any other - where common interests can be reconvened and historical patterns revealed, rather than generations pitched against each other, as if their struggles are mutually exclusive. In projects like MayDay Rooms in London, there has been a concerted attempt to position the archive as a living resource, speaking in and through the present. This approach relies heavily on ‘history from below’, foregrounding the voices of those routinely placed outside the purview of officially sanctioned history and challenging the elite interests of historical discourses rooted in the academy.

The policies of austerity that have come to dominate everyday life have directly attacked public resources and infrastructures as if they represented a luxury, an excess. But should their destruction necessarily also entail the disappearance of alternative histories and sites of resistance or does the ongoing state of crisis also create new proximities, new opportunities, for the development of social resources? The global ascendance of interest in notions such as the commons, or social reproduction, would suggest precisely this; and so this project seeks to compare and connect distinct experiences between London and Sao Paulo.



Anthony Davies, professor de Artes Plásticas na faculdade Central Saint Martins. Ele é também fundador (ex) membro da MayDay Rooms, uma instituição filantrópica educacional em Londres criada em 2011 com o intuito de ser um abrigo seguro para materiais históricos associados a movimentos sociais e à cultura experimental.
In Exchange. Student meeting on the “educational development” timeline at St. Martins School of Art 1964-1984. 10th Floor at the Lethaby Gallery Central Saint Martins. February- March 2011

Exercícios de Presença, Zebra5 [educativo]

O coletivo Zebra5 propõe uma série de ações de mediação que procuram ativar situações de observação, convivência, jogo e criação coletiva que sobrepõem camadas no projeto Campos de Preposições. As atividades consistem em a Escuta e Recolhimento de convivências, Jogos, Laboratório da Conversa e Palavra.

 

Conheça a atuação integral do Zebra5 em Campos de Preposições, no link:
zebra5.wixsite.com/
educativopreposicoes

Fazendo Sala para D. Pedro I

Antes da abertura do projeto, O Grupo inteiro esteve na área de convivência do SESC Ipiranga com os demais frequentadores da unidade e convidou as pessoas a rearranjarem os mobiliários como preparativos para a chegada de Dom Pedro I. Em 14 de agosto de 1822, D. Pedro I iniciou sua viagem a partir do Rio de Janeiro em direção a São Paulo, passando por Santos e culminando no "grito" da Independência em 7 de Setembro na colina do Ipiranga.

camposdepreposicoes-ipiranga
Fazendo sala para Dom Pedro I

Plataforma online

A plataforma digital é um dos espaços de acontecimento do trabalho Campos de Preposições. É um lugar virtual que abriga 3 eixos principais: diálogos desenvolvidos por O grupo inteiro em interlocução com a Central Saint Martins (Londres); plataforma de pesquisa; e comunicação do projeto.

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Campos de Preposições
Sesc Ipiranga

de 15 de setembro
a 04 de dezembro

Sesc Ipiranga
R. Bom Pastor, 822 | Mapa
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Tel +55 11 3340 2000
sescsp.org.br/ipiranga

Visitação
de 15 de setembro a 4 de dezembro de 2016
terças a sextas, das 7h30 às 21h30 | sábados, das 10h às 21h30 | domingos e feriados, das 10h às 18h

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